De acordo com o palestrante, algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte

A Policlínica Estadual da Região Sudoeste – Quirinópolis  realizou nesta sexta-feira, 25, uma palestra sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) para o público interno da unidade. O palestrante, Antônio da Paz Cândido, foi convidado pela equipe para falar sobre o tema.

“As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C”, explicou.

De acordo com o palestrante, algumas IST’s podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina.

HIV

O HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. O sistema imunológico do portador apresenta acentuada queda na taxa de glóbulos brancos comprometendo a capacidade de defender-se de infecções e doenças oportunistas” explicou.

Transmissão

A via sexual é a forma de contágio predominante do HIV que também pode ser transmitido pelo sangue, esperma, secreção vaginal, leite materno ou transfusão. Mesmo sem apresentar sintomas, o portador pode transmitir o vírus. O HIV não sobrevive fora da célula, em contato com o ar, dessa forma, não se transmite por carícias, tosse, espirro, lágrima, suor, picada de insetos e piscinas.

Tratamento

Apesar de ainda não ter cura, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes com um uso combinado de medicamentos que inibem a evolução das infecções. A terapia antirretroviral (TARV) aumenta a disposição do apetite, amplia a expectativa de vida e inibe o desenvolvimento de doenças oportunistas

Relato do palestrante

Antônio da Paz Candido é soropositivo há 20 anos e relata que   no início não foi fácil receber diagnóstico. Ele conta que que sofreu preconceito da sociedade, pois a  doença era desconhecida por muitos na época.

“É importante a aceitação da doença para a realização de um tratamento mais eficaz. Todo indivíduo que vive com HIV têm acesso gratuito, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aos mecanismos de tratamento da infecção: a prevenção, o diagnóstico e os medicamentos, que podem tornar o vírus indetectável – ou seja, impossibilitar a transmissão – e garantir a qualidade de vida”, concluiu.