Com palestra ministrada por médico da família, unidade do Governo de Goiás busca conscientizar o público interno sobre o combate à Aids

Em alusão ao Dezembro Vermelho e ao dia mundial de combate ao HIV, a Policlínica da Região Sudoeste – Quirinópolis promoveu uma palestra sobre o tema, com o médico da família Wilton Pereira dos Santos. A iniciativa foi voltada para o público interno da unidade de saúde. O palestrante explicou que a aids é uma doença causada pelo vírus HIV, geralmente, por contato sexual desprotegido com pessoas contaminadas.

Por isso, o médico reforçou a importância da prevenção, por meio do uso de preservativo nas relações sexuais.“O HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção vaginal), pelo sangue (gestação/parto para criança e via parenteral) e pelo leite materno. A transmissão vertical para criança pode ocorrer durante a gestação, o parto e a amamentação”, destacou o médico.

De acordo com Wilton Pereira, a partir do momento em que a pessoa é infectada, ela tem a capacidade de transmitir o HIV. “A transmissão pode ocorrer mediante: relações sexuais desprotegidas, utilização de sangue ou seus derivados não testados adequadamente, recepção de órgãos ou sêmen de doadores não testados, reutilização e compartilhamento de seringas e agulhas, acidente ocupacional durante a manipulação de instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue e secreções das pessoas”, afirmou.

Ele ressalta que outros processos infecciosos e inflamatórios favorecem a transmissão do HIV, especialmente a presença das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Diferentemente do que muitos pensam, ser HIV positivo não é o mesmo que ter aids. Aids é o estágio mais avançado da doença, quando o sistema imunológico encontra-se bem debilitado”, ensina.

O palestrante destacou ainda que a aids é uma doença que não mata por si só. “Por causar um grande impacto no sistema imunológico, o paciente fica sujeito a doenças oportunistas, como a pneumonia, que surgem no organismo nesse momento de fraqueza. Assim sendo, não se morre de Aids, morre-se das complicações geradas pelas doenças”, disse.

Julianna Adornelas (texto e foto)/Instituto CEM